FIOS FACIAIS – Conheça o tratamento que mais cresce na Harmonização Orofacial. As indicações, o que são e os principais tipos
As microcirurgias da face era o protocolo padrão quando o lifting facial entrava em jogo. Agora métodos menos invasivos têm se popularizado como saída eficaz para redução de bigode chinês e demais tipos de flacidez no rosto e pescoço.
Neste contexto, um deles são os fios faciais ou fios de sustentação. Na Odontologia, tomou particular importância nos procedimentos, como terapia complementar as reabilitações, cirurgias, ortodontia…
Neste artigo você vai conhecer o que são os fios faciais, suas indicações e os principais tipos existentes.
Vamos lá?
FIOS FACIAIS / FIOS DE SUSTENTAÇÃO: O QUE SÃO?
Em primeiro lugar, os fios faciais são implantes filamentares de natureza sintética que ao serem implantados nos tecidos subcutâneos profundos e adequadamente tracionados, promovem a elevação dos tecidos flácidos ptosados e estimulam a produção do colágeno.
Podem ser reabsorvíveis ou não, assim sendo, os materiais usados incluem o polipropileno, polidioxanona, vicryl, policaproamide, ácido poliláctico e ácido poliglicólico, usados, também, diariamente, para diversos procedimentos cirúrgicos.
Sobretudo, são divididos entre farpados / espiculados / com garras e não farpados / não espiculados / sem garras – as farpas / espículas / garras são projeções minúsculas ao longo de todo ou parte do comprimento do fio.
Os fios farpados / espiculados podem ser divididos em unidirecionais e bidirecionais, quando possuem farpas num sentido ou em dois sentidos; ancorados e flutuantes, quando estão ancorados a algo estável, como osso ou músculo, ou não estão ancoradas a nenhuma estrutura estável.
Em suma, o tratamento com Fios Faciais é um método para corrigir a flacidez da face e pescoço em substituição ao lifting cirúrgico ou ritidoplastia. É um procedimento realizado com anestesia local e muito menor do que a cirurgia.
Os fios são implantados na camada profunda da gordura facial não sendo visível e nem sentido pelo toque. A quantidade de fios utilizados dependerá das áreas tratadas e do grau de flacidez dos tecidos ptosados.
Possibilidades dos Fios Faciais
Logo, as possibilidades são inúmeras, como corrigir defeitos e sulcos dérmicos dos terços médio e inferior da face, decorrentes da perda da dimensão vertical de oclusão.
Ou também, corrigir perda de volume de tecido ósseos alveolares, hipotrofia muscular, redistribuição dos compartimentos lípidicos, ptose do tecido conjuntivo que contribuem para a formação de sulcos, diminuição do lábio, formação de rítides. E consequentemente, envelhecimento facial.
São inúmeras regiões possíveis de utilização: Frontal, ao redor dos olhos, malar, sulco nasogeniano, linhas de marionete, região mandibular, papada…
Algumas possibilidades na Odontologia:
– Correção de Sulcos e Rugas
– Sorriso assimétrico
– Ritídes
– Correção de flacides
– Contorno do Lábio Leporino
– Complementação de Toxina e Preenchedores
– Tensionamento de tecidos
– Ptoses
PRINCIPAIS TIPOS DE FIOS FACIAIS
Cada tipo de fio tem uma duração e finalidade específica, existem fios que duram de 6 a 8 meses e outros que podem durar até 2 anos. Não raro, os fios podem ser utilizados para melhorar uma flacidez já instalada, para alinhamento ou com foco 100% na produção de colágeno.
Existem diversos tipos, materiais e variações de fios faciais no mercado e inovações surgem a todo momento. Por isso, nesta seção vamos apresentar alguns que já estão sendo utilizados por dentistas no Brasil.
FIOS PDO (POLIDIOXANONA)
Utilizados como fios de sutura em procedimentos cirúrgicos há mais de três décadas. Trata-se de um poliéster absorvível por hidrólise não enzimática e flexível, composto por monômeros de para-dioxanona.
Similarmente, é não alergênico ou piogênico, e apresenta poucas complicações, atuando na regeneração de colágeno dermico e hipodérmico.
São absorvíveis e podem ser espiculados ou não.
FIOS RUSSOS (POLIPROPILENO)
São fabricados com farpas orientadas, capazes de promover uma âncora no tecido facial, ao mesmo tempo, promovendo efeito lifiting. Apesar de biocompatível, não é degradável / absorvível e tem uma forte resistência.
Em vista disso, possui dois segmentos de “garrinhas” que correm em sentidos opostos, em direção ao centro do fio.
FIOS ITALIANOS (POLIDIOXANONA – PDO ou POLILÁTICO-CAPROLATONA)
São compostos por polidioxanona (PDO) ou polilático-caprolatona (P[LA/CL], ambos absorvíveis que estimula produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico, bem como, contribuem para a restauração da elasticidade, cor, textura, hidratação, perfusão sanguínea e firmeza da pele.
Com o fio italiano na técnica Free Floating, indicada para flacidez leve, possui cerdas que vão fixar-se no tecido. Desta maneira, as cerdas irão servir de apoio para a formação de fibroses que ajudarão a estruturar a pele, logo depois, controlando a flacidez.
Com o fio italiano na técnica Double Needle, indicada para flacidez moderada, é aplicado um fio feito de P(LA/CL) com força tênsil de até 50%. Em vista disso, o fio possui uma agulha em cada ponta e cerdas convergentes bidirecionais. O formato do produto também permite traçar voltas e semicírculos de modo a criar pontos de apoio para reposicionar a pele.
Por último, para o lifting do terço médio é utilizada a técnica Ancorage, na qual, se faz uma pequena inserção perto da orelha e fios de PDO com cerdas unidirecionais e força tênsil de até 70%. Com isso, são implantados ao longo da marcação feita previamente, seguindo em direção ao queixo e à linha da mandíbula.
FIOS DE ÁCIDO POLILÁCTICO
É composto de ácido polilático (PLA), um polímero completamente absorvível, por isso o efeito é extremamente natural. Este material é já usado há muitos anos em várias áreas de medicina como em cardiologia.
Um dos seus diferenciais, é possuir cones para ancoragem. Também é conhecido como sutura Silhouete Soft.
CONCLUSÃO
Em conclusão, os fios facias permitem corrigir e complementar diversos casos dentro da Odontologia, com resultados extremamente satisfatórios.
Neste intuíto, a principal proposta de implantação dos fios faciais é promover a substituição gradual dos tecidos reabsorvidos em função de perdas ósseas, conjuntivas, adiposas e dérmicas decorrentes da perda de DVO, idade, hábitos, sol.
Portanto, é fundamental ao dentista, recomendar sua aplicabilidade, mediante indicação odontológica, para o reposicionamento indireto dos tecidos envolvidos no sistema estomatognático.
Além disso, vai de encontro aos anseios da sociedade atual, a busca incessante da estética. O tratamentos com fios faciais possibilitam um incremento financeiro considerável para o dentista.
Espero que tenha gostado!
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